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Jéssica Paula

Hospedagem Pet Friendly: como escolher um bom hotel para ficar com seu pet

Atualizado: 16 de nov. de 2021






Se sua maior preocupação na hora de por o pé na estrada é o que fazer com os pets que ficarão em casa. Existem alternativas como hotéis para animais, mas -- para algumas pessoas -- a presença do animalzinho é fundamental para aproveitar melhor os momentos.


Uma prova disso é que, de acordo com uma pesquisa realizada pela Decode, uma empresa de levantamento de dados, após a quarentena o aumento por hospedagens pet friendly aumentou cerca de 238% na internet.


Não apenas os tutores têm interesse em partilhar seus momentos com os bichinhos, mas o mercado também está de olho nisso. Uma pesquisa feita pela Comac (Comissão de Animais de Companhia) prevê a movimentação de US$ 350 bilhões até 2027, um aumento de 50% no faturamento de 2020.


Para a Patrícia, do "Eu, Você e os Pets", que está desde 2016 viajando com seus dois cãezinhos da raça Yorkshire, o Armandinho e a Nina, o turismo pet friendly vem de fato crescendo ao longo dos anos. Para ela, há mais interesse em hotéis e agências de turismo com relação aos cães, pois já não são apenas “cachorro de quintal” e sim membros da família.




“Para visualizar um cenário do quanto vêm melhorando, nós fomos para Socorro [São Paulo] recentemente e a pousada onde nós ficamos hospedados inaugurou uma piscina para os pets. Ela é só para os cães, ali eles podem ficar soltos e se divertirem”, conta. “Eles levam o café da manhã para o quarto, montam na varanda um espaço para que você possa tomar café na companhia do seu pet. A cidade de Socorro está se tornando um destino bastante amigável para eles. A gente já tinha ido há três anos e, voltando agora, notamos uma grande diferença”, explica.


Em parceria com as hospedagens, há empresas que oferecem atividades para se fazer com o pet, como passeios em trilhas, cachoeiras, rafting, o que não faltam são opções para se aventurar com o seu bichinho. Parques, shoppings e pontos turísticos também se adaptaram a essas necessidades.


Outra cidade que recebeu destaque foi Campos do Jordão, que também vem evoluindo bastante nessa questão. “Ficamos em um hotel maravilhoso, com piscina para pet e piscina de bolinhas. Eles já ganharam até prêmios de melhor trilha com cachorro. A parte do café da manhã e das refeições no geral, também é tudo adaptado para os cãezinhos, você nota um carinho”.


Cuidado para não se enganar


O crescimento do mercado pet também obriga empresas aéreas, hotéis e turismo a se adaptarem, contudo nem sempre o conforto e bem estar dos tutores e dos animais é a pauta principal. Por este motivo é importante estar atento para não ser enganado com falsas promessas.




“Não é só a parte de hotelaria, mas o comércio em geral quer se tornar pet friendly, mas, para atender a esse público, ele precisa primeiro entender o que é o conceito. Qual é o perfil da pessoa que faz questão de levar o seu bichinho para uma viagem? O que que ela espera por isso?”, questiona Patrícia que criou a página no Instagram e o site para dar dicas e uma lista com avaliações de hotéis, para que as pessoas não caiam em armadilhas.


O site foi criado para incentivar novas descobertas, incentivar esse turismo, conectar pessoas que gostam de ter a companhia dos pets nas viagens, em tudo. No início, em 2016, Patrícia lembra que era muito difícil encontrar hotéis que aceitavam animais de estimação.

“Quando aceitavam, era apenas um. Hoje isso já melhorou muito.


É normal aceitarem dois animais por hóspede e oferecem muitas opções”. Ela ainda alerta que, ver o potencial do mercado, também gerou o que chama de “pet friendly fake”. Há uma lista avaliando o "nível petfriendly" de cada local por onde passam em suas viagens.


“É aquele hotel que diz que é, porém possue uma série de regras e exigências que, se a pessoa não estiver preparada e não pergunta sobre esse regulamento, não se aprofundar nos detalhes, ela cai na cilada!”, conta a influencer.


A influencer explica também que muitos hotéis cobram taxas absurdas e não oferecem nada em troca. Já outro, por sua vez, cobram taxas razoáveis, mas tem um mimo e uma recepção mais calorosa para os nossos amigos de quatro patas.


“Eles colocam a opção de mesas, para o café da manhã, em que você pode estar na companhia do pet. Eles podem cobrar um pouco a mais, mas vale super a pena!”, completa ela lembrando que o preço do serviço deve corresponder ao que oferecem.


Há hotéis que não cobram taxas adicionais pela presença do animal, mas é importante consultar antes.


O que precisa melhorar?




Mesmo com uma aceitação maior de pets em hotéis e empresas, ainda há o problema de portes, a maioria das empresas aceitam apenas raças de pequeno a médio porte, deixando os tutores de cães maiores com menos opções.


“Para quem acompanha de perto, desde 2016, já evoluiu bastante. As companhias aéreas estão mais preocupadas com isso também, tentando melhorar esse serviço no geral. Nas rodovias, hoje você para em uma dessas grandes redes, quase todas já têm o espaço pet para quem está viajando com o seu cachorro poder parar. Ter onde ficar, de fato, não ter que comer no carro, ou em pé”, pontua.


Ela também destaca o caso de hotéis que se mostram amigáveis no site, mas ao chegar no local, se depara com todo um regulamento: o cachorro só pode andar no colo, não pode ficar sozinho no quarto e não é oferecido uma condição para você fazer as refeições na companhia do pet e não pode deixar o animal no quarto, só em um canil, que é oferecido.


“A pessoa que faz questão de levar o bichinho, quer estar com ele o tempo todo, aproveitar a experiência e não deixar em um canil. Você quer que ele se divirta. Tem que ser prazeroso para eles também, como parte da família. Aí você chega no hotel que não te dá condições e ainda cobram uma taxa absurda. Você precisa levar tudo, o potinho da comida, a caminha, então é complicado e você só esquenta a cabeça.”



Fonte: IG



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